Clássico – Felicidade para uns, horror para outros

O medo da violência afasta muitas famílias dos estádios

Por Gabriela Francisca

Basta dois grandes times de uma mesma cidade se enfrentar que a felicidade e o medo tomam conta de muitos.

A expectativa pela vitória, o churrasco entre amigos, as brincadeiras mesmo entre aqueles  que vestem camisas diferentes, essa é a alegria da torcida saudável. Aquela que enxerga o futebol como entretenimento.

Por outro lado, a cidade se enche de medo: da morte, da violência, da depredação do patrimônio publico e particular, da algazarra. Daqueles que veem o futebol como um ringue de luta livre e sem regras.

Um estádio cheio de mulheres e crianças, cada um com sua bandeira, é símbolo de ambiente familiar e civilizado. Que pai de classe media, não gostaria de ir com seu filho pequeno para assistir ao time do coração ganhar uma partida? Mas que pai tem a coragem de levar esta criança para uma arquibancada em dia de clássico? O uso constante de bombas “garrafão”, fumaças, garrafas de vidro e outros materiais de violência, afastam as famílias dos estádios.

Por todo o país grandes clubes se enfrentarão neste final de semana: Cruzeiro e Atlético, Corinthians e Palmeiras, Vasco e Flamengo e a pergunta que nos fazemos é, quantos vão morrer? Quantos ônibus serão quebrados? Até quando as torcidas organizadas poderam agir desta forma?

Esporte é vida, é saúde. Eu, e acredito que toda equipe da Além das traves, repudiamos qualquer tipo de violência e pedimos que neste clássico, somente os times deem show e que a torcida faça parte desta festa.

Bom clássico a todos!